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O TCU votou ontem, por unanimidade, o parecer prévio elaborado pelo Ministro Augusto Nardes e que pede a reprovação pelo Congresso Nacional das contas de 2014 do governo da presidente Dilma. Esta foi a segunda vez desde que o tribunal foi criado, em 1890, que o tribunal pediu a reprovação das contas de um presidente.

O Ministro disse que sua assessoria recebeu diversos telefonemas com ameaças de morte e que, por isso, ele passou a ser acompanhado por seguranças do TCU. Nardes afirmou que também recebeu ameaças por e-mail, mas não relacionou as ameaças que sofreu à atuação do governo para que ele deixasse a relatoria da análise das contas de Dilma.

Momentos depois do Tribunal de Contas da União rejeitar as contas de Dilma Rousseff, alguns deputados de oposição se reuniram na casa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para iniciar o debate sobre o roteiro que pretendem estabelecer para deflagrar o processo de impeachment contra a presidente.

A expectativa da oposição é que Cunha determine na semana que vem o arquivamento do principal pedido de impedimento, assinado pelo ex-petista Hélio Bicudo e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior. Comisso, a oposição irá recorrer ao plenário da Câmara, que, sob o calor da decisão do TCU, irá decidir, por maioria simples, se dá ou não sequência ao pedido.

Caso a decisão seja contrária a Dilma, é aberta uma comissão especial que dará um parecer ao plenário. A petista é afastada do cargo caso pelo menos 342 dos 513 deputados votem pela abertura do processo de impeachment.

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