TEMPO DO FIM II
“Então, o Filho do Homem será visto vindo nas nuvens, com grande poder e glória”
(Sermão Profético de Cristo, Evangelho de Marcos, cap. 13)
PAROUSIA é o termo técnico com o qual os teólogos designam a segunda vinda de Cristo; é o ponto final da História. Na descrição que Ele faz de sua volta a este mundo no Sermão Profético, convém destacar alguns detalhes. Primeiro, atente-se para o fato de que a parousia é descrita de acordo com os conhecimentos que naquela época se tinha do mundo. Ao descrever a vinda do Filho do Homem descendo do alto, Jesus está trabalhando a partir da convicção própria daquela época, de que o céu, a morada de Deus, está acima das nuvens, para onde ele subiu após a sua ressurreição, e de que a terra é plana, estando os homens espalhados em sua superfície. Sendo a terra plana, entende-se como, descendo Jesus do céu, será visto por todos os homens em todos os lugares.
Cria-se, também, que o firmamento era uma estrutura sólida que segurava as águas superiores; presa no firmamento estavam as estrelas. Por esta razão afirma que as estrelas “cairão do céu”, ou seja, se despregarão do firmamento e se precipitarão sobre os homens imediatamente após a parousia. No entanto, nós percebemos o mundo de outras formas. Sabemos que aterra não é plana, mas arredondada. Sabemos que as estrela não estão presas no firmamento e que o firmamento, a rigor, não existe. Sabemos também que o céu não é um lugar localizado acima das nuvens, pois o que há acima das nuvens é basicamente o espaço vazio de um universo grande demais para sequer podermos imaginar o seu limite. Sabemos todas estas coisas e não temos maiores problemas para entender que Deus não está necessariamente num local acima das nuvens, pois, sendo onipresente, está ao mesmo tempo em todos os lugares. No entanto, podemos ter alguma dificuldade se quisermos interpretar literalmente esta descrição da parousia.
Teremos dificuldade para explicar, por exemplo, como é que todos os homens verão Jesus descendo do céu, se os homens estão espalhados sobre uma superfície esférica (a terra) e, por isto mesmo, um fenômeno não pode ser visto ao mesmo tempo por todo mundo (a menos que se recorra a uma transmissão via satélite). Mas não creio que seja disto que se esteja falando no Sermão Profético. É preciso, neste caso, identificar qual a essência daquilo que está sendo ensinado pelo Mestre para daí tirar lições para a nossa vida hoje.
A verdade é que, aquele não era o momento para uma aula de astronomia. O que Jesus tinha para ensinar era infinitamente mais importante do que noções sobre esfericidade da terra ou sobre a expansão do universo. Isto os homens poderiam descobrir sozinhos mais tarde, como de fato acabaram fazendo. As coisas que ele pretendia ensinar não teriam como ser aprendidas por outros meios, daí porque Ele não perdeu tempo com detalhes.
O que é certo e patente, é que a história caminha para um determinado fim; que esse fim será precedido por profundas transformações em nível cósmico, quando a própria natureza entrará em trabalho de parto para dar à luz um novo tempo; que não nos é dado saber com exatidão quando tais acontecimento ocorrerão, o que significa que qualquer fixação de datas é mera especulação; e, finalmente, que é responsabilidade exclusivamente nossa estarmos preparados para que, quando o fim chegar não sejamos apanhados de surpresa. Os argumentos e provas apresentados pelos enganadores nos últimos tempo serão tão convincentes que não haverá dificuldade em afastar muitos da fé em Cristo. Por isso Ele disse: “quando, porém, voltar o Filho do Homem, achará fé na terra?”.
Josoniel Fonsêca – Advogado e Professor, membro da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN), josonielfonseca@uol.com.br
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