TENSÃO ENTRE CHINA E TAIWAN REACENDE TERMOR DE GUERRA –

Sem solução para a guerra da Ucrânia, o mundo está na iminência de um novo conflito, de proporções maiores.

O exército chinês enviou dezenas de caças e 11 navios de guerra para próximo de Taiwan.

O objetivo é mobilizar caças com “munição real” e o porta-aviões Shandong para executarem “ataques simulados” a alvos em Taiwan, após ter cercado o território.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek.

Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força.

Com uma população de 24 milhões de habitantes, Taiwan, não é somente uma ilha rebelde que se recusa a ser parte da China.

Tem a sua importância estratégica, afinal de contas, quem controla Taiwan, domina o Mar do Sul da China, onde se encontram as principais rotas de navegação do comércio internacional.

Os Estados Unidos advertiram este domingo, 9, que a China poderá conquistar Taiwan “sem um só tiro”, se o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês, PNCh), próximo de Pequim, vencer as eleições presidenciais taiwanesas de 13 de janeiro de 2024.

Na ilha há um debate político com dois partidos diferentes: um partido quer falar com a China [o Kuomintang] e o partido da [atual] Presidente, Tsai Ing-Wen [o Partido Progressista Democrático, PPD], não quer ser parte da China.

O partido Kuomintang tem defendido uma aproximação à China, embora rejeite ser favorável a Pequim: o partido frisou que existe a necessidade de “tentar reduzir a tensão no estreito de Taiwan para promover os interesses da população e que as partes possam iniciar uma nova era de forma amigável.

Hoje Pequim considera Taiwan uma província chinesa rebelde e, na realidade, só 12 países de todo o mundo reconhecem formal e diplomaticamente Taiwan como um Estado independente.

Os Estados Unidos e seus aliados mantêm relações informais e apoiam com armamento a independência “ de facto” daquele território.

Sem dúvida, um impasse, que se espera uma solução, sem recurso às armas.

O mundo quer Paz!

 

 

 

 

 

Ney Lopes – jornalista, advogado, Professor de Direito Constitucional da UFRN,  ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, procurador federal – [email protected]

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