A TENTAÇÃO DE JESUS –
Creio que todos os cristãos já ouviram falar da tentação que Jesus sofreu no deserto. Que após quarenta dias e quarenta noites sem nada comer, teve fome; e, então, foi tentado a usar seu poder espiritual para satisfazer seus desejos: um de cunho físico (transformar pedras em pães); outro de cunho político (torna-se rei na terra e conquistar fama e poder); e um outro de cunho religioso (provocar Deus, atentando contra a própria vida, isto é, lançar-se do pináculo do templo).
O texto bíblico informa ainda que, acabado as tentações, satanás o deixou por um tempo – o que indica que retornaria em breve… E quantas vezes o Mestre não seria tentado!
No nosso caminhar, passamos por muitas tentações. Superamos uma e logo se nos apresenta outra, talvez mais sutil, mais atraente, melhor disfarçada… sempre querendo nos surpreender, seduzir, nos afastar do Caminho, da Verdade e da Vida…
Os desejos são fortes, atraentes; e enquanto não os dominarmos, não nos esvaziarmos deles, estaremos sempre em risco de cair, naufragar, adiar a nossa chegada ao Reino dos Céus, ao nosso auto encontro, ao nosso encontro com Deus.
Por isso, a ordem do Mestre é: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
A Bíblia diz que nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Eu sou, você é, nós somos, semelhança de Deus. Então, eu sou esse “Eu”… e essa Essência é o que somos de semelhante a Deus. E é esse Eu que sou – Deus em mim – que é capaz de realizar tudo de bom que existe dentro de mim, de me tornar melhor a cada dia, de me fazer amar o meu Deus e ao meu próximo, fazer brotar e frutificar em mim o amor de Deus que existe, potencialmente, dentro de mim, que existe dentro de nós.
Aí, então, quando vierem as tentações, teremos forças para repelí-las – e elas não mais terão domínio sobre nós.
Somos potencialmente deuses de nossos destinos – sejamos realmente senhores de nossas vidas, vivendo para servir uns aos outros, assim como viveu entre nós o nosso divino Mestre Jesus de Nazaré.