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Ao menos 21 pessoas morreram, segundo um balanço inicial, nas várias explosões ocorridas em Bruxelas na manhã desta terça-feira (22/3). Até agora são 11 mortos no Aeroporto Internacional de Zaventem. Há também uma dezena de mortos na estação de metrô Maelbeek, onde aconteceu uma explosão. Pessoas relataram ter ouvido gritos em árabe antes dos incidentes, mas as autoridades ainda não confirmam motivação terrorista. O país declarou alerta máximo de terrorismo.

Pouco depois das 8h (4h de Brasília), duas explosões quase simultâneas atingiram a área de desembarque do aeroporto internacional de Bruxelas e outra aconteceu no metrô. Equipes de resgate atuam nos dois locais, onde há informações de feridos. As autoridades interromperam o serviço do metrô, o serviço de bondes, ônibus, assim como as principais estações ferroviárias da capital. O aeroporto foi fechado para pousos e decolagens e o tráfego aéreo foi interrompido e desviados para outras regiões. Todo o edifício tremeu, havia fumaça por todos os lados e pessoas jogadas no chão do terminal. Pedaços do teto caíram. As rodovias de acesso ao terminal também foram bloqueadas por policiais.

Imagens exibidas por canais de televisão locais mostraram cenas de pânico, com centenas de passageiros fugindo do terminal, em meio à fumaça e aos vidros quebrados. Várias testemunhas afirmaram que ouviram tiros e gritos em árabe antes das explosões. Pouco depois aconteceu ao menos uma explosão na estação de metrô de Maalbeek, o bairro de Bruxelas onde ficam as instituições europeias. O ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, declarou o alerta máximo de terrorismo devido às explosões. O fato ocorre quatro dias depois da prisão de Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos de ter comandado os atentados em Paris, no fim do ano passado. A suspeita é de que os atos de hoje tenham ocorrido por retaliação.

A Comissão Europeia pediu aos funcionários que não compareçam ao trabalho ou permaneçam nos escritórios. O centro de crise do governo belga solicitou aos moradores de Bruxelas que permaneçam em casa. Ao mesmo tempo, as autoridades de vários países europeus reforçaram a segurança em seus aeroportos e fronteiras. Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda e Dinamarca anunciaram a intensificação dos controles. A linha Eurostar, que liga Paris e Londres com Bruxelas por trem, suspendeu as viagens à capital belga. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, condenou os “ataques terroristas” em um comunicado. “É um ataque contra a Europa democrática. Jamais aceitaremos que terroristas agridam nossas sociedades abertas”, afirmou o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven. O premier dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, denunciou o que chamou de “ataque abjeto”.

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