O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) emitiu um comunicado de alerta à população em relação à atuação de golpistas que têm se passado por advogados para enganar vítimas e tirar dinheiro delas através de transferências bancárias por Pix.
Segundo o TJRN, o fraudador entra em contato pelo WhatsApp e envia um arquivo em PDF de uma sentença falsa que seria relacionada à pessoa. Ao final, ela pede uma transferência para consumar o golpe.
De acordo com TJRN, muitas das vítimas são pessoas idosas e algumas delas esperam de fato o resultado de alguma decisão judicial, o que acaba dando credibilidade à história do golpista.
“Eles chegam a usar nomes de advogados conhecidos no estado e de magistrados da Justiça Estadual”, explicou o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), Diego Cabral.
O TJ explicou que os falsários utilizam nome de magistrados e cabeçalho com nome de autoridades para dar credibilidade à prática delituosa.
Além disso, eles tentam manter uma conversa com a vítima até conseguirem a efetivação do pix, como se este pagamento fosse condição imprescindível para recebimento da quantia que a pessoa contatada teria direito, após a suposta decisão judicial
“É preciso tomar cuidado quando se recebe mensagem via WhatsApp ou outro aplicativo de mensagens”, explicou o magistrado.
Na modalidade atual, o fraudador utiliza número de processo existente, mas que nada tem a ver com o assunto que ele está abordando na mensagem.
Veja dicas para não cair no golpe
Algumas dicas são importantes na hora de reconhecer se a mensagem enviada pode ser uma fraude, segundo o TJ. Veja abaixo:
- Pesquisar se a sentença enviada existe através do número do processo na consulta pública do Processo Judicial Eletrônico (PJE), no portal do TJRN. Como muitos golpistas usam número de documentos existentes, é possível ver também se a sentença é realmente relacionada a algum processo que envolva a vítima;
- Conversar com um advogado de confiança para averiguar se o assunto é verdadeiro ou não, e se a pessoa envolvida é ela mesma
- Verificar o nome do advogado que enviou a mensagem, se é o mesmo que está cuidando do processo ou não
- L embrar se tem processo tramitando na Justiça Estadual, ou seja, se ajuizou alguma ação e a qual área pertence (Cívil, Criminal, do Consumidor, etc.,).
Segundo o TJRN, dificilmente uma unidade judiciária vai entrar em contato diretamente com um cidadão sobre recebimento de dinheiro.
Fonte: G1RN