De forma prática, quase todos os terráqueos poderão assistir ao fenômeno, mas não significa que vá ser fácil. Primeiro: são as mesmas recomendações de um eclipse solar e não é seguro olhar diretamente para o Sol com o risco de não danificar a visão. Segundo: com isso, a única forma de assistir é com um telescópio ou binóculo com filtro. Como Mercúrio está mais longe do que a Lua, deverá ser um “pontinho” passando em frente ao Sol – por isso um “mini eclipse”. É até menor do que o E.T. passando em frente à Lua.
O fenômeno ajuda a encontrar planetas fora do sistema solar. As naves espaciais Kepler – agora aposentada – e TESS, da agência espacial americana (Nasa), são as “caçadoras de exoplanetas”. Com um alinhamento favorável, o planeta passa em frente à estrela do sistema e os telescópios detectam uma minúscula redução do brilho.
Esta é a quarta vez no século em que o trânsito de Mercúrio acontece. Tivemos também em 7 de maio de 2003, 8 de novembro de 2006, 9 de maio de 2016. Depois desta segunda-feira, só em 13 de novembro de 2032. Serão 13 vezes em 100 anos.