A operação da Polícia Federal (PF) que investiga o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apreendeu três notebooks, 11 computadores e quatro celulares em endereços ligados ao vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) nessa segunda (29).

De acordo com fontes ligadas à investigação, na casa em que o vereador estava nesta segunda-feira em Angra dos Reis, foram apreendidos um celular e três notebooks.

Saiba quais foram os itens apreendidos:

  • Casa de Angra dos Reis: um celular e três notebooks;
  • Casa na Barra da Tijuca, no Rio: um computador, dois celulares antigos, dez pendrives, uma caneta espiã, agenda com anotações diversas;
  • Comitê do vereador na cidade do Rio: diversos documentos, documentos de empresas, um computador, diversas mídias.
  • Câmara dos vereadores do Rio: nove computadores no gabinete; um celular, documentos em geral.

Tudo o que foi apreendido pela PF foi lacrado e será enviado para a equipe que conduz as investigações em Brasília.

Os investigadores identificaram que os alvos de busca e apreensão desta segunda ficaram extremamente preocupados com o material apreendido que será periciado no DF.

Segundo eles, há fortes indícios de que informações que teriam sido colhidas ilegalmente — via espionagem clandestina — estavam sendo armazenadas em computadores que não eram conectados à internet ou a qualquer rede. Esses equipamentos eram usados exclusivamente para serem alimentados com arquivos do que seria resultado de espionagem da “Abin paralela”.

Centenas de informações sensíveis, reunidas sobre alvos os mais diversos, serão analisadas por peritos federais.

Carlos Bolsonaro é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi alvo de uma nova fase da investigação da PF no caso da “Abin paralela”. A suspeita é de que assessores do vereador, que também são alvo da operação, pediam informações para o ex-diretor da Abin e hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro Alexandre Ramagem. Ramagem é próximo da família Bolsonaro.

O monitoramento também teve como objetivo, segundo a decisão de Moares, favorecer Jair Renan e Flávio em investigações das quais eram alvos. Em entrevista, Flávio negou qualquer favorecimento.

Fonte: G1

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