O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa segunda-feira (1º) que vai enviar militares norte-americanos às ruas do país caso os governadores e prefeitos não ponham fim à violência nos protestos antirracistas que se espalharam após a morte do ex-segurança negro George Floyd.
Trump prestou solidariedade a Floyd e reforçou que “encorajou fortemente” os estados a convocar a Guarda Nacional em número suficiente para dominar as ruas. De acordo com gravações obtidas pela imprensa dos EUA, o presidente disse aos governadores que eles “parecerão um bando de idiotas” caso permitissem violência nos protestos.
Trump também disse que as cenas de violência nos EUA são “atos de terror doméstico” — no fim de semana, o presidente dos EUA afirmou que declararia o movimento antifascista Antifa um grupo de terrorismo local. Enquanto falava, um protesto era reprimido nos arredores da Casa Branca.
Governadores em diversos estados norte-americanos pediram reforço de integrantes da Guarda Nacional que atuam já em cada um desses locais. O primeiro a pedir ajuda foi Minnesota, justamente o estado onde George Floyd morreu.
Enquanto Trump discursava, os arredores da Casa Branca registravam confrontos entre forças de segurança e manifestantes, após protesto que começou pacífico. De acordo com a imprensa norte-americana, o presidente enviou de 600 a 800 militares da Guarda Nacional a Washington.
A capital norte-americana foi colocada em toque de recolher, que começou às 19h (horário local, 20h de Brasília) — ou seja, entrou em vigor poucos minutos depois de Trump declarar que faria o possível para garantir o cumprimento.
Depois de Washington e outras grandes cidades norte-americanas como Los Angeles, Nova York declarou toque de recolher nesta segunda-feira. O prefeito e o governador concordaram em adotar a medida após confrontos ocorrerem à noite e na madrugada, depois dos atos pacíficos.
Fonte: G1