UM BRINDE AOS APOSTADORES! – Ana Luíza Rabelo

UM BRINDE AOS APOSTADORES! –

Alto lá! Apesar do título deste artigo, quero deixar bem claro que não saúdo (ou aprovo) o apostador jogador, aquele que vive pela próxima partida, que deixa tudo (ou quase tudo) se perder em uma mesa por promessas vindouras e geralmente vãs. A esse apostador, eu não envio cumprimentos.

Eu aplaudo aqueles que apostam em pessoas, em oportunidades, em sentimentos. Quem joga tudo para o alto para ser feliz e fazer o próximo feliz.

Pessoas que vão contra convenções por amizade, por amor ou pela mera crença de que o outro merece uma (primeira ou segunda) chance. Homens e mulheres que dão o seu melhor pela relação (amorosa ou fraterna), que se sacrificam, com tanto carinho e desprendimento, que não chegam a demonstrar o quão árduo foi aquele ato.

Todo esse amor, toda essa possibilidade, possuímos, todos, dentro de cada um de nós, basta que saibamos e queiramos explorá-los. O quanto somos capazes de nos doar, de proteger, de zelar uns pelos outros.

Somos super-heróis, capazes de salvar, de iluminar vidas, ou poderemos simplesmente resolver sermos vilões, fechar os olhos e passar adiante uma responsabilidade que a própria razão nos diz que não é nossa.

Mas o amor é assim, nos faz querer o bem do outro mais até do que o nosso próprio. Transforma mães e pais, maridos e esposas, conhecidos e desconhecidos, em seres únicos, onde a dor de um é a dor do outro.

Mesmo quando sabemos que todo cuidado e carinho podem não ser suficientes, mesmo quando sabemos que fizemos o máximo e a culpa nos pune por não ter feito mais, pois não há mais nada a fazer.

O amor é incompreensível, abstrato, ao mesmo tempo em que podemos senti-lo, invisível até quando somos capazes de vê-lo manifestar-se claramente aos nossos olhos, inatingível mesmo estando ao nosso alcance.

Alguns atos são impossíveis de retribuição na mesma intensidade e necessidade. Apoio incondicional, segurança, confiança e lealdade são dádivas que, ao serem recebidas, devem ser distribuídas, multiplicadas e infinitamente agradecidas.

Aos amados pais e irmãos, aos inestimáveis amigos e ao insubstituível amor, eu agradeço e dou, a cada dia, o meu melhor, não por esperar em troca, mas apenas para proporcionar-lhes a mais grata e suprema parte do que sou.

Agradeço a cada aposta feita para nós, agradeço tanto sentimento isento de necessidade de interesse pessoal. Agradeço ao infinito que nos permite ter tanto a compartilhar, mais e mais, a cada dia de nossas vidas.

 

Ana Luíza Rabelo Spenceradvogada (rabelospencer@ymail.com)

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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