Adauto José de Carvalho Filho
A revista Veja (2.433, 8 de julho de 2015), em sua coluna panorama publicou uma frase atribuída a Públio Siro, que viveu Em Roma no ano 1 antes AC, portanto com maturidade suficiente para adequar-se à história da humanidade: “o dinheiro, sozinho, governa todas as coisas”.
Com todo o respeito e sem criar polêmica, não gosto de assertivas universais. A generalização é sempre perigosa. Se a utilizarmos no Brasil, 2015 anos DC, podemos formular que o dinheiro, sozinho, governa a maioria dos homens públicos e instituições brasileiras, ou, ao inversos, a maioria dos homens e instituições se vendem por qualquer dinheiro.
Depois da Nova República, uma triste denominação para um período “estórico” que se mostra caótico, centenas de escândalos varreram, sem, contudo, uma autoridade pública se prestado ao papel de gari. O mensalão foi uma grande oportunidade e grande frustração.
Que que adianta Marco Aurélio continuar preso, se os donos da gana estão soltos?
O petrolão se mostrou com a maior oportunidade de se passar o país a limpo. Ainda continua em andamento e, a cada semana, surgem tantos novos nomes que estou inclinado a concordar com Públio Siro e aceita a realidade de que para o poder não limitadores, assim como não há limites para a venalidade do próprio poder. O povo, seu grande detentor constitucional, é mera moeda que oscila ao bel prazer dos achacadores donos.
Pela primeira vez o corruptor passou pela cadeia. Alguns anunciaram o fim da República, só cagaço, os nomes dos corruptos citados, as contas bancárias recheadas com parte do nosso dinheiro, são exposta semanalmente e não tem nenhuma autoridade que se pronuncie contra esse desmoralizante escândalo? As mesmas caras voltaram. Leis foram alteradas para esconder falcatruas e nada? Por que o poder judiciário não simplifica e pede, como prova, que assinem o recibo de desvio de recursos, dá dois dias de cadeia e a palhaçada começa de novo com o já anunciado escândalo do BNDS?
Respeitem minimamente a sociedade.
Os lares brasileiros merecem notícias menos vergonhosas e o cidadão já cansou de pagar que erros (ou acertos?) cometidos por tantas autoridade mequetrefes. Pedir seriedade no trato da coisa pública é tão aviltante? Rasgue, então, a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei dos Crimes Fiscais e assumam a mais completa desmoralização dos poderes da nação. E não falo apenas do PT, mas de todos falsários ideológicos que iludem os brasileiros e matam suas esperanças.
Não importa o P nem o crachá do envolvido. Errou? Roubou?
Cadeia.
Se não querem botar na cadeia por que no outro dia todo mundo está doente, cassem os mandatos pelos próximos 500 anos, incluindo sucessores e herdeiros, para que a história não se repita.
Não quem cassar? Mandem para Cuba, Venezuela, Colômbia, Estado Islâmico, pelos próximos 500 anos, reeditem a história de Noé e frustrem a hereditariedade e acabem com esse circo armado na Esplanada dos Ministérios.
Mas para circos existirem precisam de palhaços autênticos, o que fazer? Sei lá, observem a história do mundo e, se souberem ler, encontrarão alguma solução. Não. Encomendem a Deus um dilúvio, desde que o Noé travestido de predestinado não seja Lula e sua troup, Dilma e sua troup, o PSDB e sua troup, Os demais P e suas troups. É difícil falar com Deus? Então simplifiquem e joguem todos na obra de Alighiere e perdeis as esperanças vós que ali entrais.
Pense num final feliz.
Adauto José de Carvalho Filho, AFRFB aposentado, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Escritor e Poeta
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