UMA CAMINHADA E VÁRIAS POSSIBILIDADES – Flávio Rezende
Caminhar sem o componente só da atividade física é uma ciência. Primeiro temos várias possibilidades geográficas. Livre posso ir ao norte ou ao sul. Sem amarras devo decidir o ritmo e agregar adereços.
Ao me por no caminho solto a mente que vagueia free por um mundo de pensamentos, reflexões e devaneios. Ela pode focar em problemas ou pode se deleitar em boas lembranças.
Nossa cachola é interessante. Ao mesmo tempo em que ela tem vida própria, aceita um certo controle. Na parte que me cabe, o comando das rédeas, busco ferramentas como boas músicas e visão de lugares naturais para uma condução mais sadia, e um direcionamento mais positivo para os pensamentos.
Em algumas situações outras estratégias são utilizadas para afastar a mente das questões políticas tão desgastantes, das contas a pagar e da saúde abalada de pessoas próximas.
Hoje utilizei as boas lembranças dos amigos que fui encontrando no caminho.
O primeiro foi Wellingtom Paim. Ele doou coisas para Casa do Bem diversas vezes e sempre me tratou com muito respeito e carinho. Sendo do meu time ABC, as memórias também flutuaram neste bom espaço que nos une. Fiquei feliz em revê-lo.
Logo adelante encontro Alex Medeiros um jornalista e cronista de mão cheia.
Ultimamente seu pensamento e o meu se fundem na percepção siamesa das coisas da vida. Ver Alex me encheu de satisfação.
E prossegui revendo amigos e papeando e relembrando fatos, agregando assim muita energia boa à caminhada. Foi uma opção ser assim. Tivesse deixado a mente livre ela podia ter me levado a só pensar nos aspectos negativos da existência. Nós podemos ser o cocheiro e conduzir nossos cavalos (pensamentos e ações) cumprindo assim nosso Dharma.
Diante da iminência de lutar contra parentes Arjuna perguntou a Krishna se isso estaria correto no que a divindade falou: faz o que tiver que ser feito. Cumpra sua missão. Os guerreiros do outro lado criaram a situação do embate e só restava a Arjuna defender sua família e a cidade do ataque dos parentes. O tempo para evitar o conflito tinha passado. Naquele instante o Dharma era o combate.
Em nossa vida devemos conduzir tudo da melhor forma possível, pois chega uma hora que só nos resta agir e nem sempre a ação é positiva.
O sábado estava lindo. Céu azul. Muitos turistas passeando. Muita gente com a camisa do Flamengo que naquele dia jogava na cidade. E tinha ainda a Feira Internacional de Artesanato no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções.
Faça com que seu Dharma seja sempre só alegria. Você tem esse poder.
Flávio Rezende – Jornalista e ativista social
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