UMA GRANDE LIÇÃO –

O maior orgulho que trago no coração, é a convivência com meus genitores, criaturas que tiveram importância fundamental e multifacetada em minha formação, abrangendo aspectos emocionais, sociais e educacionais.

Para mim, são modelos de comportamento e valores, não apenas proporcionando cuidados básicos e segurança, mas desempenhando papel crucial no desenvolvimento da autoestima e formação da identidade que hoje trago.

Lembro quando jovem ainda, ele um juiz de direito e ela ainda somente a rainha do lar, me desestimulavam a tomar mais que uma Coca-Cola por semana, não devido aos males a bebida traz a saúde, mas pelo fato de que recebendo mesada para lanche, seria mais barato o bom suco de frutas caseiro, do que a adquirir na bodega de dona Lenita.

Aos quatorze anos, aluno interno do Colégio Marista, sendo convidado Irmão diretor da Instituição, fui por meus pais encorajado a lecionar no curso noturno do estabelecimento, tendo como clientela pessoas carentes das redondezas. Aos dezesseis anos ensinava em culturas inglesas e aos dezessete, já universitário era professor de várias unidades de ensino médio da capital, inclusive o próprio Marista. Épocas em que já recebia meu próprio salário.

Recordo que aqueles que me geraram, diziam que a oportunidade é como um trem que passa velozmente à porta, oferecendo a chance de embarcar em uma jornada rumo ao sucesso, ele não espera pois surge de repente e parte rapidamente, exigindo atenção e prontidão. Para aqueles que estão atentos e preparados, a oportunidade pode ser o transporte para novos horizontes e conquistas. E tem sido assim minha vida.

Nunca esqueci quando à véspera do meu casamento, eles me confidenciaram algo nunca esquecido: Criar filhos vai além de simplesmente lhes oferecer o mundo; trata-se de preparar as crianças para que descubram por si próprias, seu lugar no mundo e desenvolvam a capacidade de nele se colocar com segurança e autonomia. Em vez de tentar entregar todas as respostas e soluções prontas, buscar formar ambiente propício que estimule a curiosidade, o pensamento crítico e a independência.

Meus pais, nunca foram pessoas de me oferecer presentes, muito pelo contrário, em todos os meus momentos, eles sempre estiveram muito presentes.

 

 

 

Alberto Rostand Lanverly – Presidente da Academia Alagoana de Letras

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