Jean Marie Faustin Goedefroid de Havelange (foto), um dos brasileiros de ascendência belga mais famosos no mundo. Tricolor de coração jogou no Fluminense no amadorismo, foi nadador na Olimpíada de Berlim em 1936.
Ele foi presidente da CBD, hoje CBF, de 1958 a 1974 nas três primeiras copas conquistadas pelo Brasil. E presidiu a FIFA , Federação de Futebol Internacional Association. Hoje é o seu presidente de honra. Aumentou de 146 para 196 o número de países da entidade e até hoje superando a ONU.
Já foi recebido mais de uma vez por vários chefes de estados desde os presidentes da White House, na avenida Pensilvânia: John Fitzgerald Kennedy, George Bush, Bill Clinton, indo até os países pobres africanos.
Já jantou com o rei Juan Carlos em Madrid e em Londres com a rainha Elizabeth II.
Eu o conheço pessoalmente e tive a oportunidade de estar com ele várias vezes, que sempre me chama de senhor Montenegro.
São muitas histórias de bastidores que eu prometo contar em outra oportunidade aos leitores. Todas as vezes em que estive com ele, lógico que falei no ABC, o mais querido. Ele tem várias camisas do time do povo. Coloquei ele para falar ao telefone com os abecedistas conselheiros Augusto Azevedo e Ivis Bezerra e os ex presidentes Judas Tadeu e Leonardo Arruda. Com Leonardo ele conversou em torno de 20 minutos ou mais.
Temos que ter gratidão e devo tudo isso ao seu neto, meu amigo Ricardinho Teixeira de Havelange.
Ele está lendo a revista dos 50 títulos do ABC e espero que após esse sábado em breve ele possa ler a revista do campeonato invicto do centenário.
Já fui algumas vezes assistir jogos do Brasil convidado da CBF (um dia conto, pois merece, risos!). Só adianto que trata-se de uma mordomia senatorial, imperial ou monárquica, (rss), porém paga por patrocinadores privados e já posto em contrato os convidados como todas as Confederações no mundo tem.
Ele foi vítima de injúrias, mas isso não abalou seu respeito, sua reputação aqui e no mundo. Segue firme rumo aos cem anos com muita lucidez, um gentleman . E quando nos encontramos na casa do pai de Jorginho, que eu recebi aqui ano passado, o Dr. Jorge Lemann (outro brasileiro belga que orgulha nossa nação pois está na revista Forbes e preside o conselho de administração da maior cervejaria do mundo Imbev, antiga Ambev que fabrica nossa Brahma), lá no condomínio de casas Jardim Pernambuco no Leblon, me sinto no primeiro mundo. Mas nada se compara a nossa terra, pois lá não tem samba, sol, mulatas, ABC e o Novo Jornal. Jorginho teve registro na coluna da amiga Hilneth Correia na Tribuna do Norte.
Falei com ele ontem e receberá um exemplar dessa carta.
Ps. Agradeço a leitura ao juiz Carlos Adel, ao engenheiro Geraldo Melo, Carlinhos motoqueiro, senador Garibaldi Alves, Dequinha do bar Azulão, garçons Joãozinho, Bezerra e Jurandir da Bella Napoli.
Até a próxima e um beijo na Frasqueira.
Cid Montenegro – Empresário e Desportista