Ana Luíza Rabelo Spencer
O mundo é baseado no sistema de esforço e recompensas. Trabalhe duro e você será agraciado com algum “bem material”. Neste modelo de sociedade, os bens intelectuais, éticos e morais estão sendo ignorados, delegados dos pais aos professores e dos professores aos pais. Ninguém assume. Ninguém ensina.
A responsabilidade pelas ações dos mais jovens passa de mão em mão. Uma “batata quente” para qual não há pessoas dispostas a segurar. Violência, falta de respeito e educação, desinteresse pelo que se passa fora da própria cabeça… São várias falhas e poucas soluções. A indústria cinematográfica, os ícones do sucesso atual, os desenhos de televisão e até os quadrinhos são vilões. O problema é que não há mocinhos nessa história. Não existe quem faça a sua parte. Enquanto falta pessoal na colaboração, os responsáveis pela acusação são muitos e a obrigação de conduzir as jovens mentes é posta de lado diante da preguiça, da inércia e da falta de preparo.
Ensinam às crianças a receber bônus por suas vitórias, ignorando os esforços. Desse modo, as novas gerações aprendem a desconhecer o empenho e supervalorizar a vitória. Os meios utilizados para receber os louros não têm valor e isso leva, muitas vezes, à busca de formas ignominiosas de alcançar o fim. A “lei dos mais espertos” prevalece. Não há diferença entre subir à cobertura de um prédio de noventa andares pela escada ou pelo elevador. Para os adeptos desta prática, não é o valor da chegada que importa, mas o de quem chega primeiro.
O hábito de ignorar, e até aborrecer-se, com o segundo ou terceiro lugar diminui a glória do que lutou, esforçou-se e conseguiu alcançar este patamar. Aclamar os pioneiros deve ser prática comum e louvável, mas ignorar todos os que tentaram cumprir a mesma jornada não é bonito, nem válido.
O esforço é tão importante quanto a vitória em si, o suor de quem sobe no pódio e quem fica embaixo é igual. Cada etapa vencida e cada obstáculo ultrapassado têm valores diferentes para pessoas diferentes, mas o reconhecimento tem o mesmo sabor para os participantes. Não vamos esquecer a velha frase que prega que o importante é competir. A ousadia de tentar já é meritória, a força de concluir é elogiável e o êxito do triunfo pode incluir a todos.
Devemos lembrar que o sol brilha para todos e nublar a vista de alguns não vai fazer meu sol brilhar mais.
Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada (rabelospencer@ymail.com)
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