Representantes dos 27 países da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (16) em Bruxelas permitir a entrada de turistas dos Estados Unidos e de mais cinco países no bloco europeu.
O acordo dos embaixadores ainda precisa ser respaldado formalmente pelo Conselho Europeu, instituição que representa os estados-membros, mas entrará em vigor “nos próximos dias”, disseram fontes diplomáticas às agências de notícias France Presse e Reuters.
A medida vale para viagens não essenciais e, segundo a France Presse, vale inclusive para cidadãos que não estão completamente vacinados contra a Covid-19.
Além dos EUA, serão beneficiados cidadãos de Taiwan, Sérvia, Macedônia do Norte, Albânia e Líbano. Macau e Hong Kong, regiões administrativas da China, serão incluídas se houver reciprocidade.
A decisão prevê, no entanto, que os turistas poderão ser submetidos a medidas adicionais, como testes de laboratório ou quarentenas, no desembarque em solo europeu.
A lista não inclui nenhum país da América Latina. Atualmente, apenas oito nações não têm restrições: Austrália, Coreia do Sul, Israel, Japão, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura e Tailândia.
Verão europeu e turismo
Com a aproximação do verão no hemisfério norte e a temporada turística na Europa, os países do bloco estão se mobilizando para permitir o retorno de pelo menos uma parte dos turistas estrangeiros, como uma medida para tentar estimular a recuperação da economia.
Com a pandemia, a União Europeia fechou suas fronteiras externas em março de 2020 para viagens não essenciais, mas mantém uma lista de países cujos cidadãos podem entrar como turistas.
Para ser incluído na lista, um país deve ter registrado menos de 75 novos casos de Covid-19 para cada 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores. A taxa dos EUA está em 73,9 atualmente, segundo o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O Brasil, por exemplo, teve 427 novos infectados por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas (quase cinco vezes acima do permitido), segundo dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford. A média mundial é de 70 (também um pouco abaixo da exigência da UE).
Para liberar a circulação dos europeus dentro do bloco, a UE também iniciou a implementação de um passaporte sanitário, que certifica que o portador foi plenamente vacinado, apresentou um resultado negativo em um teste ou já pegou Covid-19.
Fonte: G1