A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Natal informou que o número de contratações temporárias para o final do ano deve ter uma queda brusca. De acordo com um levantamento feito pela Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em outubro deste ano, nove em cada dez empresários não irão abrir novas vagas de emprego para o período do Natal.
De acordo com o presidente da CDL Natal, Augusto Vaz, a crise econômica nacional e a baixa expectativa de crescimento nas vendas para o período do Natal e do ano novo motivaram a retração no número de vagas. “Como 90% dos empresários já anunciaram que não devem gerar empregos, o número de vagas deve cair em cerca de 70%”, explicou Vaz. Ainda de acordo com o diretor lojista, a expectativa é de que as vendas igualem ou registrem uma diminuição de até 3% em relação a 2014.
Segundo o presidente, ao invés das 6.000 vagas temporárias que foram criadas em 2014, a expectativa é de que 1.800 vagas sejam criadas para o final deste ano. “Em meio a este cenário, a concorrência pelas vagas aumenta não apenas pela redução no número de empregos criados, mas também pelo próprio desemprego, que cresceu”, disse Augusto.
Outro fator que será alterado pelo reduzido número de vagas de empregos, ainda segundo o presidente, é a efetivação de funcionários. De acordo com dados fornecidos pela CDL, a taxa média de contratação efetiva de funcionários temporários em anos anteriores variou entre 10 e 15%. No entanto, para Vaz, as efetivações vão depender do desempenho nas vendas de fim de ano. “Se as vendas não correrem bem, é possível que os lojistas não tenham condições de contratar para o resto do ano”, concluiu.