As vendas do comércio varejista voltaram a crescer, após quatro quedas seguidas. No mês de novembro, em relação a outubro, a alta foi de 2%. Nessa base de comparação, a alta é a maior desde 2007, quando chegou a 2,3%. Ao considerar todos os meses, esse resultado é o maior desde julho de 2013, quando o avanço foi de 2,9%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

Apesar do aumento de um mês para o outro, as vendas do comércio caíram 3,5% em relação a novembro de 2015 e acumularam no ano, de janeiro a novembro de 2016, queda de 6,4%, a maior da série histórica do indicador, iniciada em 2001.

Isabella Nunes, gerente de Serviços e Comércio do IBGE, ressalta que, considerando o acumulado dos 12 meses a partir dos resultados de novembro, já é possível considerar que 2016 terá o pior resultado do comércio desde 2001.

De outubro para novembro, a maioria dos segmentos do varejo brasileiro mostrou aumento nas vendas, com destaque para a alta de 0,9% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, de 7,2% no setor de artigos de uso pessoal e doméstico e de 2,1% no ramo de móveis e eletrodomésticos.

De acordo com a gerente do IBGE, o bom desempenho nos segmentos de hipermercados, supermercados, móveis e eletrodomésticos e o de outros artigos de uso pessoal e doméstico foi favorecido pelas promoções do comércio, incluindo a Black Friday.

Na contramão, venderam menos as lojas de tecidos, vestuário e calçados (-1,5%), de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e de combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

Considerando mais setores, o varejo ampliado cresceu 0,6%, sob influência, principalmente, da alta de 7,2% nas vendas de material de construção.

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