O caça Gripen F-39 está entre os modelos mais tecnológicos do mundo. De acordo com a Saab, empresa sueca que fabrica o avião, o Gripen é conhecido pela sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e capacidade tecnológica avançada. A Força Aérea Brasileira (FAB) comprou 36 aeronaves Gripen para fazer a defesa do espaço aéreo. A tecnologia de produção é compartilhada entre engenheiros da FAB e da Saab.
Funções do Gripen F-39
O caça Gripen E tem envergadura de 8,6 metros, 4,5 metros de altura, 14 metros de comprimentos, atinge velocidade máxima de 2,4 mil km/h e chega a voar acima de 16 mil metros de altitude. Segundo a FAB, o F-39 Gripen é usado por forças aéreas em todo o mundo.
De acordo com a ficha técnica da Saab, o Gripen o tempo para reabastecer, rearmar e fazer uma inspeção técnica para uma missão de defesa aérea é de 10 minutos.
- RWR – Alerta de detecção de radar: Confirma a localização dos sinais emitidos por qualquer radar no solo, no mar ou no ar que esteja buscando o Gripen;
- ECM – Contramedidas eletrônicas: O sistema de guerra eletrônica do Gripen confunde os radares de busca e de tiro do inimigo, seja interferindo ou saturando com múltiplos sinais “fantasmas”, evitando que o Gripen real seja marcado como alvo;
- MAWS – Alerta de aproximação de mísseis: Alerta sobre a aproximação de mísseis dis – parados contra o Gripen.
- Míssil BVR Meteor: Míssil além do alcance visual (BVR) de última geração, com alta energia e lon – go alcance, garantindo maior zona sem possibilidade de fuga e alta probabili – dade de acerto contra o alvo;
- Datalink / Link 16 / Link tático: As capacidades de datalink garantem a superioridade da informação e o com – partilhamento de fusão de dados em tempo real para a tomada de decisões rápidas;
- Ataque Eletrônico com LADM: Supressão adicional de guerra eletrônica com uso de míssil leve, que atua como interferidor, apoiando a operação do Gripen em espaço aéreo negado com a presença de sistemas antiaéreos;
- Ataque Eletrônico com EAJP: O Electronic Attack Jammer Pod (EAJP) trans – portado pelo Gripen interfere e satura eletroni – camente os sistemas antiaéreos inimigos, permitindo a sua operação em espaço aéreo contestado;
- CAS/GAAI – Suporte para forças em solo: Apoio Aéreo Aproximado/Interdição Aérea assistida por equipes de militares em solo por meio dos sistemas de auxílio digital a bordo como VMF, Link-16 e link de vídeo em tempo real (VDL);
- ISR – Inteligência, vigilância e reconhecimento: Cobertura 360 graus de sensores ativos e passivos que provém consciência situacional colaborativa no cenário tático operacional;
- LADM – Gerando alvos falsos: O LADM tem a capacidade de gerar alvos falsos para confundir e saturar os radares de busca e de tiro inimigos;
- IFF – Identificação amigo/inimigo: Identifica e confirma quais são as forças amigas e inimigas num cenário tático e operacional;
- Míssil WVR IRIS-T: O míssil IRIS-T, de alcance visual (WVR), é o mais avançado da sua categoria, principal – mente em engajamentos fora da linha de visada da aeronave, sendo o seu emprego complementado pelo uso do HMD para que o piloto possa fazer a mira contra o alvo.
- Chaff/flare/despistadores: Dispositivos ativos e passivos de autoproteção para confundir mísseis guiados por radar, por infravermelho e radares de controle de fogo inimigo.
A equipe necessária para essa manutenção deve ser formada por cinco militares, que pode ser de recrutas que estejam cumprindo o serviço militar e após fazerem treinamento de 10 semanas.
A disponibilidade do Gripen para voos é um dos diferenciais em relação a outros modelos, sendo projetado para ter intervalos de inspeções de 2,5 horas a cada 7,6 horas voadas.
Armamentos
O Gripen E tem 10 pontos externos para fixação de armamentos de diversos tipos de mísseis de curto e longo alcance, bombas e mísseis guiados por laser, radar ou sistema eletro-óptico para emprego contra alvos no céu, terra e mar.
A sua arquitetura permite ainda a integração de armas que já se encontram disponíveis nos arsenais das Forças Aéreas que escolherem o Gripen. Para missões de manutenção da supremacia aérea, o Gripen E leva até 7 mísseis ar-ar de longo alcance (BVRAAM) Meteor e dois 2 mísseis de curto alcance (WVR) IRIS-T.
A ficha técnica destaca que o caça pode levar uma combinação de armamentos e sensores externos para cumprir um variado leque de tarefas numa mesma missão, que pode ser de defesa aérea e ataque sem precisar voltar para a base e mudar sua configuração.
Contrato
O contrato entre a FAB e a Saab foi assinado em 2014 e os aviões são produzidos na Suécia. São dois modelos diferentes: o Gripen E, que abriga um piloto, e o Gripen F, para até dois tripulantes. Nos demais detalhes, as aeronaves são iguais. A FAB, inclusive, é pioneira na operação da versão de dois assentos, o Gripen F.
As 36 unidades custaram R$ 20 bilhões para a FAB. Cinco foram entregues e o restante tem previsão de entrega para 2027.
Em 2020, um modelo Gripen E foi entregue para a FAB e desde então, vem executando ensaios em voo na Embraer, em Gavião Peixoto, em São Paulo. Depois, mais 4 unidades foram entregues: duas em abril e duas em novembro deste ano, todas do modelo Gripen E.
Fonte: G1