A superlua azul pode ser vista a olho nu de Natal, de cidades do interior do Rio Grande do Norte, e de boa parte do país na noite desta quarta-feira (30).
Em Natal, a superlua azul começou a ficar visível antes mesmo das 18h, sendo apreciada e registrada por pessoas que começaram a acompanhar o fenômeno naquele momento. Veja abaixo algumas fotos e vídeos, registrados por Auridan Trindade, da Superlua vista da capital potiguar.
Entenda a Superlua azul
De acordo com o astrofísico José Dias do Nascimento Júnior, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na capital potiguar vai ser possível ver bem o fenômeno, devido à visão livre no horizonte.
“A Superlua é um fenômeno natural que ocorre quando a Lua parece estar maior e mais brilhante no céu do que o normal dos meses anteriores. Esse fenômeno ocorre quando a Lua, em sua órbita elíptica, passa no ponto mais próximo da Terra. Nós, astrônomos, chamamos isto de perigeu”, explicou.
“Durante este período, a Lua pode parecer até 14% maior em diâmetro e 30% mais brilhante do que quando está no ponto mais distante da Terra. Ou seja , no seu apogeu”.
Apesar da referência à cor, o satélite natural não terá alteração em sua tonalidade. Esse termo é usado quando a Lua fica cheia pela segunda vez no mês.
Segundo a NASA, a definição mais antiga de Lua Azul remonta aos anos 1500, e recebia esse nome a terceira Lua cheia em uma estação que tem quatro Luas. Esta é a segunda e última superlua do ano.
“Apesar de não ser um fenômeno raro, as Superluas atraem a atenção devido à aparência marcante. O evento pode ser particularmente impressionante quando coincide com a Lua cheia, pois o aumento do brilho e do tamanho tornam as características da Lua mais visíveis”, explicou o astrofísico José Dias do Nascimento Júnior.
“E, quando estamos em cidades como Natal, onde o horizonte do nascimento da Lua é livre olhando-se para o mar, temos um espetáculo”.
O professor da UFRN explica que o fenômeno começa no nascimento da Lua no horizonte e terá a máxima amplitude por volta das 22h35.
Ele reforça ainda que “os termos ‘Superlua’ e ‘perigeu-sizígia’ são frequentemente usados de forma intercambiável, mas nem todo perigeu coincide com a Lua cheia” já que, “às vezes, a posição da Lua no perigeu pode não estar perfeitamente alinhada com a fase da Lua cheia, então a diferença de tamanho e brilho pode não ser tão perceptível”.
Para observar o fenômeno, não é preciso nenhum equipamento especial: só olhar para o céu quando a Lua surgir no horizonte.
“Em essência, uma Superlua é um evento lunar cativante que ocorre quando a proximidade da lua com a Terra aumenta o seu impacto visual no céu noturno”, reforçou o professor.
Próximos eventos astronômicos
No segundo semestre deste ano ocorrerão dois eclipses e seis chuvas de meteoros. Veja abaixo as datas de cada um dos fenômenos.
Superluas e eclipses
- ☀️14 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país);
- 28-29 de outubro – Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país).
Chuvas de meteoros
- Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
- Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
- Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
- Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
- Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
- Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.