O volume de vendas realizadas pelas empresas do Rio Grande do Norte em março atingiu, em média, o patamar de R$ 304 milhões por dia. O valor é 26% maior que o registrado no mesmo período em 2020, quando as empresas potiguares conseguiram vender uma média de R$ 240 milhões por dia.
O crescimento foi maior entre as organizações que atuam no segmento do comércio atacadista, cujo faturamento médio diário subiu de R$ 40,3 milhões por dia para R$ 59,9 milhões. Um acréscimo nominal de R$ 19,6 milhões negociados nos últimos 12 meses.
O segundo setor que mais teve o maior volume de vendas foi o comércio varejista. O ticket médio de vendas diárias do varejo passou de R$ 66,4 milhões para R$ 80 milhões entre março de 2020 e março deste ano. Apesar de o número de transações ter reduzido levemente, o valor das vendas subiu.
As empresas desse segmento foram as que tiveram oscilações menos drásticas no volume médio negociado ao longo dos últimos 12 meses, logo após o decreto do estado de calamidade pública em função da Covid-19. O volume médio diário de vendas do varejo potiguar fechou março deste ano com um total de faturamento bruto diário da ordem de R$ 80,3 milhões. No mesmo mês de 2020, o valor médio foi de R$ 66,4 milhões.
Em relação a fevereiro, o volume de operações comerciais, verificadas nos principais setores da economia do Rio Grande do Norte ficou 2,4% menor que o resultado visto em fevereiro. Foram mais de 909 mil operações de vendas por dia no terceiro mês do ano, marcado pelo início das medidas restritivas neste ano para conter a segunda onda da pandemia no estado. Os segmentos que mais influenciaram positivamente o resultado foram o atacado, a indústria e o varejo.
Bares e restaurantes mais afetados
Os dados sobre a movimentação dos setores produtivos são da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que divulgou nesta segunda-feira (12) a 17ª edição do Boletim de Atividades Econômicas. O informativo mensal reúne os principais indicadores da economia do Rio Grande do Norte a partir da emissão de notas fiscais e do volume negociado pelas empresas potiguares.
A publicação mostra, no entanto, que o setor de bares, restaurantes e similares registrou uma retração nas vendas da ordem de 30% mensais a partir de março do ano passado. O volume de movimentado começou a subir após agosto do ano passado, quando houve o início da retomada da abertura das atividades não essenciais, chegando a dezembro com um pico de faturamento bruto médio de R$ 4,8 milhões, negociados por dia. No entanto, gradativamente, esses estabelecimentos começaram a ter baixas novamente e, no mês passado, registraram uma média diária de vendas de R$ 2,7 milhões.
Segundo a Secretaria Estadual de Tributação, o governo vem acompanhando os reflexos da crise para os donos de bares e restaurantes, principalmente depois da instituição do toque de recolher, que afeta diretamente o funcionamento desses estabelecimentos. A pasta informou que, entre as medidas tomadas para atenuar esses efeitos, houve prorrogação dos prazos para recolhimento de tributos das empresas que atuam nessa área. Além disso, o setor foi isentado temporariamente da cobrança da conta mensal de água.
Receitas
O Boletim de Atividades Econômicas também destaca a situação da arrecadação. O total de receitas próprias recolhidas no mês passado foi de R$ 541 milhões, frente aos R$ 583 milhões arrecadados em fevereiro deste ano. Uma redução nominal de aproximadamente R$ 42 milhões.
Esse montante é referente à arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que registrou alta de 14% em relação a março do ano passado, do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD) e principalmente do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que é o principal tributo que compõe as receitas estaduais.
No mês passado, o recolhimento do ICMS chegou a R$ 504 milhões, contra os R$ 560 milhões, arrecadados em fevereiro deste ano. Por outro lado, em comparação com março do ano passado, houve uma alta de 14%, já que no terceiro mês de 2020, o RN recolheu R$ 442 milhões com o tributo.