Supermercado no Rio de Janeiro; vendas do comércio caem 0,1% em maio, 2º recuo mensal seguido — Foto: Pilar Olivares/Reuters

O volume de vendas do comércio varejista caíram 0,1% em maio, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com maio do ano passado, houve alta de 1%.

Com o resultado, o varejo brasileiro acumula ganho de 0,7% nos 5 primeiros meses do ano.

Em 12 meses, avanço passou de 1,4% em abril para 1,3% em maio, reforçando o cenário de economia estagnada. “Ficou praticamente estável pelo terceiro mês seguido”, destacou o IBGE.

O comércio acompanhou o ritmo fraco da indústria, que registrou queda de 0,2% na produção em maio, como divulgado no dia 2 pelo IBGE.

O IBGE revisou o resultado de abril e apontou que a queda no volume de vendas foi de -0,4%, menos intensa que a divulgada de anteriormente, que era de -0,6%.

Segundo a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, o ano de 2019 é como se não tivesse começado para o varejo, devido ao alto nível de incerteza dos empresários quanto aos investimentos futuros cautela do consumidor diante de um cenário de elevado desemprego.

Ela destacou que, na comparação com dezembro de 2018, o varejo registrou leve alta de apenas 0,1% no patamar de vendas. Já na comparação com o nível recorde de vendas do varejo, alcançado em outubro de 2014, o patamar de maio ficou 7% abaixo.

“O indicador acumulado em 12 meses começou a se recuperar em outubro de 2016, quando estava em -6,8%, e chegou a 3,7% em maio de 2018. Desde então, ele vem perdendo fôlego, embora ainda se mantenha no campo positivo”, enfatizou Isabella Nunes.

Das 8 atividades pesquisadas, 6 registraram alta na passagem de abril para maio. Os segmentos que pressionaram o resultado do mês foram outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%), que abrange as vendas pela internet, e combustíveis e lubrificantes (-0,8%).

Por outro lado, o setor de hipermercados e supermercados, que tem o maior peso na pesquisa, em torno de 50% no índice, cresceu 1,4%, após retração de 3,5% entre fevereiro e abril.

Já o indicador do comércio varejista ampliado, que inclui as as vendas de veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, teve alta 0,2% em relação a abril, e avanço de 6,4% frente a maio do ano passado.

Fonte: G1

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