VIRAMUDNO 156 –
Mariana nasceu em São Gonçalo do Amarante, pertinho de Natal.
Menina esperta ela veio descobrir mais tarde que seu nome bíblico.
Uma referencia a avó e mãe de Jesus. Sentia-se protegida e por isso era feliz.
Gostava de plantas e animais domésticos, principalmente cachorros.
Adorava a natureza e a mãe se preocupava com ela toda vez que passava o dia fora de casa e ia brincar no riozinho perto do sitio onde morava.
Ficava tão distraída que esquecia de almoçar e a tardinha voltava morrendo de fome, cansada mas feliz.
– Mariana, onde você estava, o dia todo fora de casa?
– No rio, brincando com os peixinhos e comendo goiaba.
– Meu Deus. Nem se lembra de casa, né?
– É. Adoro a natureza.
Era verdade. Mariana tinha poucas amigas e esse negócio de brincar de boneca não era com ela.
Gostava mesmo era andar de bicicleta e jogar bola na rua com a molecada.
Era uma magrinha bonita, cabelos negros escorrendo pelos ombros e adorava andar com roupa preta.
Shortinho curto e blusinha simples sem manga e sem sutiã.
Os meninos ficavam ficavam loucos com tanta sensualidade.
A mãe, dona Almerinda, vendedora de joias e perfumes, ficava brigando com Mariana pra se vestir melhor.
– Deixa mãe estou muito bem assim.
– Mas seu pai não gosta, também.
O tempo foi passando e a família veio morar em Natal, na zona norte.
As vezes Mariana ia com a mãe visitar as clientes e sempre almoçava nas casas delas.
Mariana era muito simpática e ajudava dona Almerinda, nas vendas.
Começou a ir a igreja aos domingos e ficou feliz quando o Pastou convidou-a a evangelizar um grupo de jovens.
Chegou a se apaixonar pelo filho do pastor, mas demorou pouco porque ele era muito namorador e mulherengo.
Nos vesperais de domingo, na igreja, tinha um rapaz simpático, humilde, calado e lhe chamou muita atenção.
– Vou namorar esse menino e quem sabe, até casar com ele.
– Mas Mariana você é muito nova pra pensar em casar.
– E ter filho e me formar. É tudo o que eu quero.
Tempos depois Mariana namorou e casou com Luizinho, o menino calado, da igreja.
Tiveram um filho, Marquinho, parto difícil, mas normal.
Dona Almerinda tornara-se a avó mais feliz do mundo.
– Mariana, você é muito jovem. Sem experiência. Deixa eu ficar com Marquinho.
– Não, mãe. Nem pensar. Vou criá-lo com todo amor do mundo.
Mariana tinha outro sonho: se formar em Administração.
Ia pra faculdade levando Marquinho a tiracolo.
Formou-se e ficou emocionada no dia da formatura quando tocaram a música de Roberto Carlos, seu cantor preferido.
O casamento com Luizinho não ia bem e eles acabaram se divorciando.
Marquinho agora com 19 anos era o grande xodó da mãe que saiu de casa e foi morar sozinha perto da casa dos pais.
Marquinho ficou morando com o pai pra cuidar de três cachorros dóceis que não pode levar pra nova moradia.
Mariana arranjou um namorado que veio da Alemanha montar uma fábrica de leite em pó e pelo visto vai acabar morando junto.
– Casar nunca mais. Voltei pra Faculdade, ganhei um belíssimo Notebook e vou escrever um livro contando histórias da minha mãe que morreu no início do ano.
E assim, com vida nova e feliz, está reconstruindo a vida.
Encontrei-a com o namorado jantando no Norte Shopping e perguntei:
– Mariana, em quem você se inspirou pra sua vida?
– Valtércia Bezerra.
Jaécio Carlos – Produtor e apresentador dos programas Café da Tarde e Tribuna Livre, para YouTube
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