VIRAMUNDO 170 –
Em pleno sertão Bahia o a oligarquia política. comia solta.
Família Moraes e Família Gastão, mandavam na região desde vereador até governador eram eles que determinavam.
Eles dividiam tudo, até as mulheres.
A pobreza se estendia por todos os recantos mas, pra mostrar que havia rivalidade as famílias eram identificadas com bandeiras vermelhas e verdes.
Vermelha Moraes e Verde, Gastão.
Joaquim Moraes e Domingos Gastão sabiam dividir o bolo, em partes iguais.
Joaquim Moraes já vinha há quatro legislatura como Prefeito de Pau Brasil, cidade próspera de 135 mil habitantes.
Olegário Gastão estava se preparando para ser o próximo prefeito, tendo como vice o filho mais velho de seu Joaquim.
Pau Brasil era como um grande clube em dia de festa: “Quem está dentro não sai e quem está fora não entra”.
– Seu Joaquim, quem vamos apoiar paea Deputaso Esradual?
– Vamos lançar três candidatos de cada lado pra eleger pelo menos dois.
E assim era feito a casa dói anos.
De repente surge Manoelzinho Bulhoes, vereador inexpressivo, do chamado baixo clero e ex cabo da Polícia Militar.
Falava pouco e era muito popular, principalmente porque denunciava a roubalheira da duas famílias que nada faziam para a região.
A carência de água era suprida pelos carros pipas da família Gastão e o recolhimento do lixo, pelos Moraes.
Era tudo muito bem dividido e repartido entre os “donos” da cidade.
Pau Brasil vivia da agricultura familiar e cultivo de algodão nas fazendas dos Gastão.
O vereador Manoelzinho Bilhões resolveu se candidatar a Deputado Estadual, contra os filhos das famílias Moraes e Gastão
Foi eleito com uma boa margem de votos passando pra trás os filhos das duas oligarquias.
Eles não gostaram e começaram a exercer uma política nefasta, contrária ao novo Deputado. Manoelzinho chegou a estar presidente da Assembleia Legislativa e contratou bons assessores para ajudá-lo na sua pretenção de chegar ao Senado.
Lutou bravamente contra os Moraes e Gastão, denunciando falcatruas e e desvio de dinheiro público a que chamou-os de corruptos.
A carreira política de Manoelzinho foi brilhante e seu trabalho contra a corrupção e projetos arrojados apresentados na Assembleia deram a ele uma visibilidade e prestígio de fazerem inveja aos seus opositores.
Ele contava com a apoio irrestrito do povo que o acompanhava aonde ia, em visitas aos eleitores.
Contou com o apoio do Governador que o elegeu seu líder e isso foi importante para chegar ao Senado.
Nesse ínterim casou com Marilene Magalhães, prima de um antigo Senador da Bahia que abriu-lhe as portas para substituí-lo no Senado.
Manoelzinho precisou contar com o apoio dos Moraes e Gastão, também, pra chegar ao Senado.
– Isso aqui é o paraíso onde vou ficar oito anos e depois me reeleger.
‐ AÍ se aposenta?
– Não. Eu quero chegar ao governo do meu estado.
– Impossível. Você não vai ter apoio pra isso.
– Eu tenho o povo do meu lado.
– Mas não tem a mídia nen apoio do partidos.
– Não preciso deles. Vou fazer uma campanha falando a verdade com amor a pátria, família e liberdade.
Manoelzinho venceu e chegou ao Governo do seu estado com muita dificuldade.
Montou um secretariado técnico e fez uma grande administração.
Passou quatro anos apanhando da oposição feroz mas fez obras maravilhosas para o Estado e não se envolveu em corrupção.
Adorado pelo povo, teve uma filha com Marilene e procurou se reeleger, mas sofreu muito e até tentaram matá-lo, mas ele superou tudo com a graça de Deus e a votação maçissa do povo.
Estive na posse do seu segundo mandato ao lado da esposa, da filha e de assessores e perguntei:
– Sr. Manoel Bulhões, em quem o senhor se inspirou pra a vida política?
– Jair Messias Bolsonaro.
Jaécio Carlos – Produtor e apresentador dos programas Café da Tarde e Tribuna Livre, para YouTube