VIRAMUNDO 78 –

Durval Santos era de Timóteo, cidadezinha no interior de Minas e era muito chegado a experiências com muita coisa diferente das normais.

Conhecido como professor pardal ele praticamente não saia garagem da casa, no sitiozinho do pai, ele tinha tinha toques interessantes.

Pediu o pai pra ir orar na Suíça, estudar e aprender novos prazeres criativos.

Lá passou a se chamar Durval Santos-Duvivier com hífen mesmo, para ser mais um suíço comum e não um brasileiro pois os Duvivier eh igual Silva no Brasil.

– Durval vc acha melhor ser suíço do que brasileiro?

– Ser suíço eh mais chique.

Foi estudar na Escola Politécnica de Sorbone e lá inventou uma asa voadora e foi no telhado de um dos pequenos prédios da cidade que fez sua primeira experiência, saltando de uma altura equivalente a quatro metros.

Chamou a atenção do público vendo aquele homem de pequeno porte e de grande bigode tentar o “suicídio, diziam eles, esperando Duvivier se espatifar no chão.

O baixinho mineiro-suíço era muito invejado por lá pela sua criatividade, genialidade e ter uma condição financeira confortável.

Os colegas da escola viviam assessorando Durval-Duvivier em busca de ideias.

– Durval o que você pretende com essa trosoba aí?

– Voltar pra Minas Gerais e ser famoso por lá.

O pai de Durval era um rico plantador de café e fazia todas as vontades do filho que, depois da invenção da asa voadora foi ser professor de artes na Sorbone.

Daí passou a ser divulgado no mundo todo e admirado por homens e mulheres.

Apesar disso nunca se interessou em namorar mulheres. Ele gostava mesmo era de companhia masculina o que chama a atenção do mundo gay.

O pai, seu Epifânio Magalhães, pedia sempre ao filho pra levar a namorada pra conhecer o Brasil.

– Não tenho tempo, papai. Vou levar Julien, meu amiguinho aqui da escola.

Depois de muito tempo Durval-Duvivier fora um demonstração pública saltando de uma altura de 18 metros. Sucesso que o livro dos recordes publicou.

“Suíço brasileiro testa com sucesso a Asa Voasora”.

Era natural que o tempo iria aperfeiçoar sua invenção e nesse período veio ao Brasil para patenteá-la mas a burocracia, na época, era tão complicada que ele preferiu doar ao governo suíço a sua brilhante invenção e mudou o nome para Asa Delta.

Desgosto veio junto com Julien morar em Santos onde conheceu e se apaixonou por Raimunda Nonato, maranhense de voz arrastada e voz de cantora.

Com essa tradição Durval-Duvivier entrou em depressão e voltou pra viver suas solidão em Timóteo.

Encontrei com ele numa galinhada na casa do seu tio Alberto e perguntei:

– Durval em quem você se inspirou pra sua vida de criador?

– Em Santos -Dumont.

 

 

 

 

Jaécio Carlos –  Produtor e apresentador dos programas Café da Tarde e Tribuna Livre, para Youtube.

As opiniões emitidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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