Categories: Blog

Volta às aulas no ensino infantil: Maioria das capitais vão ter formato híbrido no 2º semestre

Alunos do ensino infantil das redes municipais terão mudanças no formato de ensino com o início do segundo semestre letivo.

Alunos do ensino infantil das redes municipais terão mudanças no formato de ensino com o início do segundo semestre letivo.

Em Aracaju, Belém, Brasília (rede distrital), Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Natal, Palmas, Recife, Salvador, São Luís e Vitória, as aulas no primeiro semestre foram totalmente remotas; no próximo semestre, serão híbridas. Em Cuiabá, também será híbrido, mas o reinício será apenas em outubro.

Em Porto Alegre, as aulas serão totalmente presenciais, com ida obrigatória à escola. No primeiro semestre, as escolas municipais adotaram o modelo híbrido. Além da capital gaúcha, outras duas capitais terão o retorno às aulas majoritariamente presencial na rede municipal: Belo Horizonte e Rio de Janeiro. As crianças poderão ficar em casa e ter aulas remotas. As duas já adotavam o modelo híbrido no 1º semestre.

Outras 4 que já adotavam o formato híbrido no primeiro semestre e vão mantê-lo no segundo: Florianópolis, Manaus, Rio Branco e São Paulo.

Apenas uma capital vai manter o ensino 100% remoto na rede municipal, adotado também no primeiro semestre: Boa Vista.

Três capitais ainda estavam em discussão sobre a data de retomada ou não tinham modelo de ensino determinado até a sexta-feira (30) : João Pessoa, Porto Velho e Teresina.

O pediatra Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), lembra que muitas crianças não têm acesso à internet – e, quando têm, é só pelo celular.

“Já são situações que limitam muito essa possibilidade [de aula à distância]. As crianças precisam estar num ambiente propício para ter um ensino à distância adequado. Dar uma aula à distância não é a mesma coisa que aula presencial. Tem que ter capacitação dos professores para conseguir isso. É possível captar a atenção [das crianças] através dessas aulas? Sim, é possível, mas requer uma técnica muito mais apurada. Não é tão simples assim. Além de todos esses fatores, tem a questão do tempo de tela. Isso também é um problema, a gente sabe”, pontua.

Por outro lado, ele avalia que mesmo a volta no formato híbrido ainda é melhor do que ter um ensino completamente remoto.

Olavo Nogueira Filho, diretor-executivo do Todos pela Educação, concorda. Além da questão do acesso, ele salienta que o ensino remoto infantil tem “baixíssima efetividade pedagógica”.

Mas, no caso dos alunos menores, essa manutenção do vínculo remotamente não é tão eficaz, explica.

“Do ponto de vista dos [alunos] menores, é claro que a solução remota tem ainda menos eficácia – mesmo no que diz respeito à manutenção do vínculo. O que os especialistas indicam, mais do que soluções tecnológicas, [é que] o que deve se estimular são atividades físicas – em que a própria família possa ajudar”, diz.

Pública x privada

A diferença nos modelos de ensino também muda se a escola for pública ou privada: nenhuma rede particular, até agora, anunciou um modelo 100% remoto para o segundo semestre – mas algumas ainda não comunicaram decisões. A maioria terá aulas híbridas; mesmo as escolas que decidiram pelo formato presencial terão que oferecer o ensino remoto.

Olavo Nogueira Filho, do Todos pela Educação, explica que os impactos da pandemia no ensino só serão conhecidos quando as crianças voltarem às salas de aula – mas que eles serão sentidos com maior intensidade pelas crianças pobres – que, no Brasil, são em sua maioria também pretas e pardas.

“Os impactos são muito heterogêneos – tem o acesso [à internet no ensino remoto], o quanto os pais conseguem apoiar – mesmo dentro de uma mesma região, mesma escola”, explica.

“O que a gente consegue mais ou menos saber das pesquisas que estão saindo, e olhando para pesquisas de outros cenários de fechamentos prolongados de escolas em função de outros contextos, como pandemias localizadas, desastres naturais e pós-guerra, é que os efeitos são de múltiplas naturezas. Não estamos falando apenas de impactos educacionais– mas de efeitos emocionais, sociais, e em alguns casos de ordem física“, afirma Nogueira Filho.

“A gente também já sabe que os efeitos são de repercussão duradoura. O melhor exemplo para materializar isso é a experiência de New Orleans, que em 2005 teve o furacão [Katrina]. Lá as escolas ficaram fechadas por 4 meses. O que aconteceu em termos de impacto? Os patamares de aprendizagem só foram recuperados depois de 2 anos. Isso mostra o tamanho do que a gente deve ter em termos de impacto”, avalia.

Fonte: G1

Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,8010 DÓLAR TURISMO: R$ 6,0380 EURO: R$ 6,0380 LIBRA: R$ 7,2480 PESO…

1 dia ago

Capitania dos Portos limita número de passageiros em embarcações de passeio nos parrachos de Rio do Fogo e Touros

A Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte divulgou nesta quinta-feira (21), a publicação…

1 dia ago

Natal em Natal: Árvore de Ponta Negra será acesa nesta sexta-feira (22)

O Natal em Natal 2024 começa oficialmente nesta sexta-feira (22) com o acendimento da árvore natalina de…

1 dia ago

Faz mal beber líquido durante as refeições? Segredo está na quantidade e no tipo de bebida

Você já ouviu que beber algum líquido enquanto come pode atrapalhar a digestão? Essa é…

1 dia ago

Alcione, Flávio Andradde e Festival DoSol: veja agenda cultural do fim de semana em Natal

O fim de semana em Natal tem opções diversas para quem deseja aproveitar. Alcione e Diogo Nogueira…

1 dia ago

PONTO DE VISTA ESPORTE – Leila de Melo

1- O potiguar Felipe Bezerra conquistou o bicampeonato mundial de jiu-jitsu em duas categorias, na…

1 dia ago

This website uses cookies.