Mesmo sem querer, ouvi um cidadão dizer esta semana, num certo lugar que não me lembro bem aonde, que ele e sua família iriam viajar exatamente na semana em que vão acontecer as próximas eleições.
E essa pessoa falou isso em alto e bom som, para quem quisesse ouvir. Sem pedir nenhum tipo de reserva aos presentes. Uma viagem para não votar no dia 5 de outubro. Foi quando eu parei para olhar e gravar o semblante daquela pessoa.
Fiquei pensando cá com meus botões sobre o significado real daquela afirmação. Seria um grave protesto ao que está posto no cenário atual da política brasileira? Ou seria alguma outra coisa?
Seria tudo aquilo um desabafo? Ou apenas uma fuga da responsabilidade, para ele não ter obrigação de se explicar no futuro, quando questionado pelos filhos e netos, sobre os destinos do país e do seu estado?
Aí eu fiquei a pensar comigo mesmo sobre como é importante o voto de cada um de nós. Principalmente numa eleição tão grande como esta. Quando se vota de deputado estadual a presidente da Republica.
Fugir não é a melhor saída. Nem os nossos descendentes entenderão assim. Até porque as cobranças serão feitas no futuro. E afinal, precisamos ter realmente toda a coragem para assumir os nossos riscos.
É bem melhor errar tentando acertar, do que fugir da responsabilidade de dar a nossa parcela de contribuição ao aperfeiçoamento da nossa sociedade e do nosso país.
Votar não deveria ser obrigatório. Mas em qualquer circunstancia, é o nosso dever, enquanto cidadãos. É da essência democrática. Que devemos cumprir à risca, na busca de dias melhores dias para todos nós.
Nelson Freire – Economista, Jornalista e Bacharel em Direito – [email protected]