Adauto José de Carvalho Filho
Eu fico impressionado com a falsa e supérflua idolatria atribuído a algumas pessoas e o tempo perdido pela imprensa em divulgar essas pessoas que, no acerto de contas, não acrescentam nada para a sociedade. Vejamos;
- Stédile. Quem é Stédile? Alguém poderia me esclarecer. Um general? A arma para o imaginário confronto de forças numa possível queda do governo petista? Luis Inácio Lula da Silva, segundo a imprensa, em diversos momentos, ameaçou a soberania brasileira invocando o exército vermelho do MST comandado por esse tal de Stédile.
Tudo bem. A Constituição Brasileira prevê esse tipo de milícia? A incitação a violência é crime. Por que não aparece uma alma penada do Ministério Público para punir atitudes como a de Lula e proibir a entrada de Stédile no país, sob pena de prisão, uma vez que, covarde como os todos os milicianos, se entocou no eixo dos três patetas presidentes da Venezuela, Bolívia e Colômbia, com destaque para o último país, comandado por alguém que tem grande representatividade no mundo e, com a eficiência demonstrada como gestor, contribuiria para o aprimoramento do país. Ou, como se imagina, o tal Stédile, como Lula, quer só o picadeiro?
- Dias Tófolli. Quem é Dias Tófolli? Hoje Ministro do Supremo Tribunal, que, surgido do nada, sem militância substancial no campo do Direito, caiu de paraquedas na cadeira de Ministro.
Tudo bem. É de notório conhecimento que o desconhecido e inexpressivo advogado pertencia às fileiras do Partido dos Trabalhadores e, por conseguinte, deve ter conhecimentos nos lados de lá. A prova é que hoje é Ministro do STF. Alguém me explique como é que um Ministro como Dias Tófolli foi designado para a turma que julgará os processos do petrolão e de um possível impeachment da Presidente Dilma? Por que não aparece uma alma penada do Ministério Público para levantar suspeição do Ministro? Não é o caso? Então é preciso esclarecer a nação o que é suspeição no Direito Brasileiro.
- Deputado Nazareno do PT, que, num acesso de proselitismo, insinuou que as elites brasileiras pagam pouco tributo e que deveriam pagar mais.
Tudo bem. Quem tem boca diz o que quer e quando a plateia não está nem aí para nada, qualquer pronunciamento toma proporções de especialista. Esse cidadão demonstrou que não conhece o sistema tributário brasileiro que, por ser fundamentalmente constituído por impostos indiretos, a maior carga recai sobre os mais pobres. Simples assim!
É o erro de impostos em cascata.
A CPMF é um imposto em cascata.
A defesa da CPMF, ou outra que a substitua, por Nazareno do PT ou outro qualquer, é inócua. A trajetória do tributo mostrou que os fins não justificam os meios. Durante a sua permanência o sistema de saúde piorou e faliu. Então vamos ter uma contribuição social para a educação, para a segurança, para a fome e tantas mais que teriam a mesma motivação? O bolso do contribuinte suportaria ou o contribuinte ainda precisaria de bolso?
Saúde é dever do Estado e deve ser financiada com recursos públicos oriundos de uma carga tributária efetiva alta e, se considerada a relativa, altíssima. Antes de se criar um novo tributo, as autoridades deveriam aprender a gastar a fortuna arrecadada da sociedade anualmente. O tal Deputado Nazareno, pelo que parece, precisa estudar um pouco o sistema tributário. Por que, com a mesma empáfia, ele não sugere a institucionalização do IMPOSTO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS (tem um até que ameaçou derrubar a República), previsto constitucionalmente desde 1988 e, até agora, mesmo com a “goga” do Deputado, nem se pensa em se institucionalizar. E o partido dele está no poder há doze anos e uns quebradinhos.
Mesmo não sendo autoridade, mas com o poder da cidadania, arrisco uma sugestão. A criação de um tributo incidente sobre propinas e desvios de recursos públicos e sobre as horas gastas em plenário por parlamentares que nadam acrescentam, com a base de cálculo no percentual de 100%. Pense num tributo justo. Roubou, pagou. Falou besteira, pagou.
Seria o nirvana tributário. Durma-se com um barulho desse!
Adauto José de Carvalho Filho, AFRFB aposentado, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, escritor e Poeta